QUANDO DESISTIR PARECE SER A SOLUÇÃO

DesistirA vontade de escrever sobre este assunto me veio ontem ao conversar com um adolescente de dezoito anos.   Aluno do Judô, em vias de trocar de faixa, está participando de um campeonato cujo prêmio é ser integrado a uma das equipes que representa o Brasil.

Olhando de fora parece tudo perfeito, sonho de consumo de muitos jovens.  Apesar de possuir uma excelente técnica e todo apoio de seu treinador, a falta de confiança em si mesmo chega ao ponto de paralisá-lo no meio dos golpes, dando ao seu adversário a chance de dominar a partida. Consequentemente vem a sensação de incapacidade e a vontade de desistir parece ser a coisa mais adequada a fazer.  O medo de falhar e de decepcionar as pessoas à sua volta é quase que insuportável.

Podemos até dizer que se trata de um comportamento normal já que estamos falando de um adolescente; inseguro, imaturo emocionalmente.  Mas isso não é totalmente verdade.

Quantos de nós adultos, com conhecimentos adquiridos através da experiência de vida, nos sentimos da mesma forma; temerosos, fragilizados, preocupados em desempenhar aquele papel que todos esperam? Algumas vezes a pressão é tão grande, que preferimos tal qual o adolescente acima, desistir para não correr o risco de fracassar.  Pelo menos dessa forma teremos uma desculpa, ou melhor, uma forma de lidar com as angustias:

─  Ah, eu achei melhor não dar continuidade…  ou

─ eu achei que não estava valendo a pena tanto trabalho…

E assim tecemos um rosário imenso com as desculpas mais criativas possíveis (mecanismo de defesa chamado intelectualização).

Muitas vezes usamos a doença como forma de legitimar a falta de enfrentamento, embora não seja de forma consciente.  Quem aqui já não teve uma indisposição em dia de prova ou até no dia do primeiro encontro com um novo namorado e que precisou desmarcar o compromisso?

E a quem damos essas desculpas? Aos outros? Não, estamos tentando enganar a nossa própria consciência. E quando isso acontece, precisamos parar e buscar internamente os verdadeiros motivos que nos impulsionam a movimentar as nossas defesas.

Pode ser o orgulho; sentimento que às vezes nos impede de perceber as nossas limitações, imperfeições ou erros.  E se não podemos encarar esse fato, o que dirá mostrar ao mundo que somos passíveis de cometer algumas falhas.

O perfeccionismo também pode ser um grande vilão, pois gera uma rigidez emocional muito forte e uma autocobrança que nem sempre podemos atender.

O medo da rejeição quando não acreditamos que podemos ser queridos e aceitos pelo que realmente somos.

São muitas as questões que nos fazem querer desistir e nem sempre temos a consciência, o conhecimento e a persistência para poder entendê-las e enfrentá-las.

Nesses momentos conflitivos em que somos tomados pela angústia, é fundamental a busca por ajuda no sentido de alinhar pensamentos, reavaliar as crenças limitantes para então Equilibrioadotar comportamentos que tragam menos sofrimentos e mais atitudes positivas perante a vida.   A busca pelo equilíbrio.

 “CADA SONHO QUE VOCÊ DEIXA PARA TRÁS, É UM PEDAÇO DO SEU FUTURO QUE DEIXA DE EXISTIR”
STEVE JOBS

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2 respostas para QUANDO DESISTIR PARECE SER A SOLUÇÃO

  1. Sonia Kosar disse:

    Muito bom!!!!! esclarecedor…..Parabéns, Cris!!!!

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